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Porquanto os Officiaes da Câmara desta Cida- de me enviaram a representar por consulta, que hoje me fizeram, que por entenderem pelas noticias da carta, que me escreveu o Sargento-maior Pedro Gomes se não poderia conservar a gente com que está abrindo o caminho do sertão sem se tomar algum gado com que se supprisse a falta de baleia e bacalhau (que é o com que se podia soccorrer desta praça para se não suspender aquelle serviço) se- na conveniente, que depois da Infantaria ter gasta- do a ração com que foi soccorrida, e os moradores e negros, que alli trabalham a baleia que ora se lhe envia se assistisse com carne a todas as pessoas que o dito Sargento-maior pareceu, e para isso tomasse as rezes, que fossem necessárias, livrando a satisfação dellas sobre a mesma Câmara, e vista a importância de se abrir o caminho, e a difficuldade de se dar de comer de outro modo á gente que nelle trabalha, e Infantaria, que o defende: ordeno ao Sargento-maior Pedro Gomes que na forma, que a mesma Câmara me propõe tome de quaesquer curraes de que for conveniente as cabeças de gado, que a necessidade pedir tirar-se delles, dando recibo aos donos, ou feitores dos curraes do numero, e qualidade das rezes, que tomarem a cada um, para com elle requererem o pagamento que aquelle Tribunal lhes offerece, e procedendo nesta matéria com toda a parcimônia, e igualdade, que for possível, para que nem se tome mais gado, que o que for preciso, nem de cada curral, mais que o que respectivamente for justo para se evitar a queixa; e para se ter entendido a forma em que se despendeu trará o Sargento-maior comsigo a conta, com mui particular clareza do numero de rezes, arrobas, e rações que cada dia se despendiam. Bahia e Outubro 16 de 1657. Francisco Barreto. |
